Boulos critica Nunes sobre apagão, promete reforço na segurança e Uber livre de rodízio

Candidato do PSOL criticou que atual prefeito "não trabalhou" e disse que pretende focar na zeladoria e apoio a trabalhadores de aplicativo

Da redação

Boulos critica Nunes sobre apagão, promete reforço na segurança e Uber livre de rodízio
Guilherme Boulos no debate da Band
@renatopizzutto

O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos, do PSOL, participou do debate realizado pela Band nesta segunda-feira (14). O atual deputado federal falou das propostas de governo, criticou a atual gestão de Ricardo Nunes (MDB), seu adversário no segundo turno, e cobrou responsabilidade do atual prefeito sobre o apagão que atinge a capital paulista desde a última sexta (11). 

Apagão em São Paulo 

No começo do encontro, Boulos acusou Nunes de não fazer o básico para evitar apagões, como o que atinge São Paulo desde sexta. "Como prefeito de São Paulo a partir de 1º de janeiro do próximo ano, vou trabalhar para tirar a Enel daqui e o Ricardo Nunes, que não fez o básico: poda de árvore, manejo arbóreo, e olha que tivemos um apagão ano passado, estava claro. A cidade hoje está refém dessas duas incompetências: a Enel e Ricardo Nunes", afirmou. 

"Vou, antes de tudo, não trabalhar apenas na véspera de eleição. Trabalhemos quatro anos para a zeladoria da cidade, trabalhar com inovação, com tecnologias disponíveis, como o monitoramento via satélite da saúde das árvores para prioridade de poda e terceiro: queremos melhorar o serviço. É o básico para a cidade de São Paulo", pontuou Boulos. 

População em situação de rua

Guilherme Boulos citou ainda as propostas para diminuir a população em situação de rua em São Paulo. O candidato prometeu acolhimento, abrigo e qualificação das pessoas que moram nas ruas da capital paulista. 

"Minha experiência no Movimento Sem-Teto durante 20 anos me ajuda inclusive, por conhecer de perto o problema dessas pessoas. Sei como fazer e vou fazer. Com acolhimento humanizado, fazendo o maior programa de moradia da história da cidade de São Paulo e criando a porta de saída para o acolhimento e abrigo, é a geração de trabalho", afirmou, alegando que o movimento nunca invadiu a casa de ninguém e que o movimento dá casa para as pessoas. 

Motoristas de app fora do rodízio

Boulos afirmou durante o debate que irá liberar motoristas de aplicativo do rodízio na cidade de São Paulo, para que todos possam trabalhar durante todos os dias da semana. "Vou liberar, mas com critério. Não é uma isenção para quem trabalha eventualmente, a pessoa tem que trabalhar todos os dias, um determinado percurso, fique tranquilo, você poderá trabalhar todos os dias", afirmou. 

Boulos estendeu a proposta para taxistas e motoboys. "Para os taxistas, é importante garantir a liberação da transferência de alvarás e liberar a publicidade nos táxis. A publicidade para tirar um a mais no fim do mês. E motoboys, criarei as bases de apoio ao trabalhador de aplicativo nos 96 bairros de São Paulo para você ser acolhido", disse. 

Aumento no efetivo da GCM

Guilherme Boulos afirmou que irá aumentar o efetivo da guarda municipal para melhorar a segurança em São Paulo. Além disso, atacou o candidato a vice de Ricardo Nunes, que citou que o morador da periferia e o morador do Jardins devem ser tratados de forma diferente. 

"Segurança pública tem que ser dura no combate ao crime, mas tem que tratar os cidadãos de maneira igual e correta. Vou dobrar a guarda civil metropolitana, coisa que você não fez e ela vai continuar armada. E tratando igual quem mora na periferia e quem mora no Jardins", citou. 

Saúde com fiscalização

No terceiro bloco, Guilherme Boulos citou que irá fiscalizar a saúde em São Paulo e atacou Nunes ao dizer que faltam medicamentos nas unidades básicas de saúde na capital paulista. "O que mais ouço na cidade é que as pessoas não encontram nem dipirona nas UBS, você população que avalie se o serviço é bom", disse. 

Sobre as Organizações Sociais de Saúde, que prestam serviço para São Paulo, Boulos prometeu fiscalizar e uniformizar o serviço. "Não vou tirar as OSSs da saúde, fiscalizarei, diferente do que você fez, porque cada uma é de um jeito, trabalha de uma forma", pontuou. 

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