Eleições

Como reagiram os demais candidatos à confusão entre Datena e Marçal em debate

Boulos, Nunes, Tabata e Marina Helena usaram as redes sociais para repercutirem a cena em que Datena deu uma cadeirada em Pablo Marçal no debate da TV Cultura

Por Édrian Santos

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Reprodução/Band

A disputa pela prefeitura de São Paulo segue marcada por polêmicas. A mais recente tem os candidatos José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) como protagonistas, ocasião em que o jornalista deu uma cadeirada no empresário após provocações. A cena foi exibida ao vivo no debate realizado pela TV Cultura, no último domingo (15).

Repercussão entre candidatos

Em decorrência do episódio, Datena foi expulso do debate, enquanto Marçal foi levado ao hospital. Já os demais candidatos – Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) – repercutiram o tema nas redes sociais. Abaixo, veja o que eles disseram.

Boulos

Em vídeo, Boulos criticou a violência de Datena, mas classificou a atuação de Marçal, nos debates, como algo de baixo nível. Para o pessolista, o adversário inventa mentiras, provoca e ataca.

“Fez isso, novamente, hoje. Fora do microfone, [ficou] atacando o Datena, de maneira brutal. O Datena se descontrolou e reagiu de um jeito que não deveria ter reagido. O Marçal tenta, depois, capitalizar com a situação. Enfim, nada justifica a forma violenta como o Datena reagiu, mas a gente viu um baixo nível que o Marçal tem adotado ao longo de toda a campanha”, comentou Boulos.

Nunes

Em tom parecido com Boulos, Nunes focou as críticas contra Marçal, apesar de também criticar a postura de Datena. Para o candidato à reeleição, Marçal é irresponsável e provocava os adversários em todos os debates.

“Que noite terrível. Mais terrível também foi o comportamento desse Pablo Marçal, um irresponsável, que, em todos os debates, ia provocando, criando provocações para todos, que até pegou o Datena, ali abalado emocionalmente, que perdeu a sogra, com provocação tão terrível. Não que justifique o que o Datena fez. Está errado. Mas ele [Marçal] provocou de forma absurda. Um moleque desses, um irresponsável, que fala palavras promíscuas, não tem a mínima condição de ser prefeito de São Paulo”, disparou Nunes.

Tabata

Tabata, apesar de citar, nominalmente, Datena e Marçal, concentrou as críticas na postura reativa de todos os candidatos homens. Segundo ela, mesmo após a saída dos protagonistas da briga, a “baixaria” continuou no debate da TV Cultura.

“Isso só está acontecendo por causa do ego, poder pelo poder, porque todo mundo quer ser machão. Todo mundo acha que é isso que importa. Se não tivessem reagido, se não caíssem nas provocações do Pablo, se mantivessem o mínimo, que é o respeito pelas pessoas, essa baixaria não teria acontecido”, lamentou Tabata.

Marina Helena

Já Marina Helena, em entrevista após o debate, disse que a cadeira dela foi usada na agressão, além de afirmar que São Paulo está com pouca opção, sem citar nomes, no que diz respeito a candidaturas. Também declarou a cena da cadeirada como deprimente.

“Foi realmente horrível. Digo mais! Ainda nos outros blocos, continuaram agressões verbais aqui. Claramente, a gente consegue ver aqui que a gente está com pouca opção. Eu sei que metade da população está dizendo que vota em um ou outro, mas porque não tem opção. Quero dizer para vocês que tem opção, sim”, pontuou Marina Helena.

Datena divulga nota

Na manhã desta segunda-feira (16), Datena divulgou uma nota sobre o caso e disse que, apesar de ter errado, não se arrepende “de forma alguma”. No comunicado, o jornalista ainda declarou que expressou indignação devido a agressões verbais e morais.

“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário”, pontuou o tucano. 

Marçal: “Se fosse eu…”

Em live no Instagram, nesta manhã, Marçal comentou a agressão ao dizer que, se fosse ele o responsável pela cadeirada, estaria preso ou teria a candidatura cassada. A transmissão ocorreu direto do leito onde o empresário passou a noite, no Hospital Sírio-Libanês.

“Se fosse eu, estava preso. Se seu tivesse dado cadeirada em alguém, ia ter cassação, tudo”, disse Marçal.

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