Em Curitiba para participar da 27ª edição da Marcha para Jesus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que “só Deus” tira ele da Presidência. No discurso a evangélicos, Bolsonaro falou sobre “liberdade”, “respeito à Constituição Federal” e da valorização da “família tradicional”.
Em referências às eleições desta ano, disse: “Só Deus me tira daquela cadeira [da presidência da República]”. O pré-candidato deu sequência à fala dizendo que tem dever de conduzir quem “estiver fora” da Constituição para “dentro da mesma”, sem explicar sobre o que estava falando.
“Somos democratas, respeitamos a nossa Constituição [Federal]. E é um dever meu, como chefe do Executivo, fazer com que todo aquele que esteja fora das quatro linhas da nossa Constituição venham para dentro da mesma. É a maneira que nós temos de viver em paz e em harmonia e sonhar com um futuro promissor para todos”, disse.
No carro de som chamado “Canibal”, que foi alugado de uma empresa que tradicionalmente fornece a estrutura para o Carnaval no Paraná, Bolsonaro concluiu fazendo referência ao Juízo Final dos cristãos.
“O nosso currículo no dia do ponto final será aquilo que fizermos durante essa breve passagem pela Terra. Obrigado a Deus pela oportunidade. Obrigado pela minha vida e pela missão. E obrigado por esse povo cristão maravilhoso que temos em nossa nação”, pontuou.
Convites
No início deste mês, o presidente Jair Bolsonaro recebeu cerca de 40 pastores evangélicos no Palácio da Alvorada para tratar sobre a sua participação na Marcha para Jesus. O encontro foi organizado pelo bispo Robson Rodovalho, que foi colega de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O encontro não foi registrado em agenda oficial.
A Marcha para Jesus é um evento anual, que ocorre em diversas cidades pelo País em diferentes datas, e é organizado conjuntamente por igrejas evangélicas de diversas denominações. O primeiro encontro ocorre em Curitiba.