Bolsonaro diz que ministros serão candidatos; Lula conversa com PSB e PSOL

Ministros devem deixar governo; Lula conversa com Márcio França e Guilherme Boulos em busca de apoio a Haddad

Carolina Villela

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que vários ministros serão candidatos nas eleições neste ano, o que vai mexer com boa parte do ministério.

"Temos previsto no momento que 11 ministros devem disputar a eleição. Obviamente vamos ter ministérios tampão. Nada decidido ainda com ninguém, até para evitar ciumeiras”, disse em Porto Velho, após reunião com o presidente do Peru, Pedro Castillo.

O ex-presidente Lula, pré-candidato do PT, trabalha para convencer os possíveis aliados Márcio França, do PSB, e Guilherme Boulos, do PSOL, a apoiarem Fernando Haddad paro governo de São Paulo. 

O argumento é de que Haddad está bem posicionado e pela primeira vez a esquerda poderá chegar ao Palácio dos Bandeirantes, dominado pelos tucanos há mais de 20 anos.

Lula também estaria disposto a oferecer o Ministério da Agricultura para Geraldo Alckmin, caso o ex-tucano saia como vice na chapa petista.

Alckmin não perdeu tempo: publicou vídeo numa rede social capinando mato num sítio. Ele disse que é o passatempo favorito para colocar as ideias em ordem.

Simone Tebet, do MDB, anunciou Elena Landau como coordenadora do programa econômico da campanha dela. A economista foi diretora de privatizações do BNDES, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O Cidadania é cortejado por vários partidos para formar uma federação. Mas o partido tem pré-candidato, o senador Alessandro Vieira, que hoje reafirmou o desejo de disputar a eleição.

Quando você analisa as pesquisas de hoje, eu estou em empate com João Doria. João Doria governador de São Paulo, puxou a campanha de vacinação, está na TV todos os dias e tem um partido muito maior. 

Doria não respondeu à provocação. O governador voltou a destacar que a economia de São Paulo cresce cinco vezes mais que a do Brasil.