A campanha de Jair Bolsonaro avalia a participação do presidente em sabatinas e entrevistas após o debate presidencial realizado pela Band, em parceria com o UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura, neste domingo (28).
Bolsonaro seguiu o roteiro combinado com os assessores. Apesar de alguns tropeços, como a reação agressiva a jornalista Vera Magalhães e a falta de uma defesa mais incisiva na compra de vacinas pelo governo federal, a avaliação é de que o candidato do PL cumpriu o objetivo principal, que foi emparedar Lula com o tema corrupção.
Mas apesar da boa avaliação, a participação de Bolsonaro em outros debates no primeiro turno dificilmente deve ocorrer. Por enquanto, a tendência é que ele volte aos debates apenas em um eventual segundo turno.
Lula
Aliados do ex-presidente Lula (PT) disseram, nos bastidores, que esperavam mais no debate realizado pela Band, eles avaliam que na primeira pergunta de Jair Bolsonaro a ele, sobre corrupção, o petista deveria ter trazido suspeitas no atual governo e se defendido com mais veemência.
Agora, a aposta é de que os adversários vão explorar na campanha o que foi definido como “um flanco aberto”.
Segundo integrantes do comitê de Lula, a intenção era vender uma imagem propositiva, de alguém com ideias para tocar o país e que não apelaria para a baixaria. Por isso, ele apostou na comparação entre os governos dele e de Jair Bolsonaro.
O petista também fez hoje acenos públicos a Ciro Gomes, com quem teve embates duros no debate presidencial. Lula está de olho nos votos do pedetista em um eventual segundo turno.
Outros candidatos
Em São Paulo, Soraya Thronicke participou de um encontro com empresários da Federação das Indústrias do Estado. A candidata do União Brasil disse que a insegurança jurídica e a carga tributária prejudicam o investimento e o crescimento econômico.
Também na capital paulista, Simone Tebet (MDB) discutiu propostas voltadas para crianças e adolescentes. A senadora considera que depois da participação no debate deste domingo (28), ela possa crescer nas pesquisas.
Ciro Gomes (PDT) e Felipe D’Avila (Novo) estiveram no mesmo evento em São Paulo. Eles participaram de um encontro com empresários do setor de infraestrutura.
Ciro Gomes disse que o país precisa crescer pelo menos 5% ao ano. Já Felipe D’Avila afirmou que o setor da infraestrutura virou cabide da corrupção no Brasil. Ele defendeu o corte de subsídios e uma política de investimentos condicionada ao teto de gastos do orçamento.