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Band Eleições: Marina Helena defende rever privatizações e contratos em São Paulo

Candidata do Novo à prefeitura de São Paulo foi a entrevistada do programa desta segunda-feira (26)

Da redação

A candidata à prefeitura de São Paulo, Marina Helena (Novo), afirmou que, se eleita, irá realizar uma transparência radical e reavaliar contratos assinados pela cidade. Em entrevista ao Band Eleições desta segunda-feira (26), Helena citou a população precisa saber os custos dos serviços para cobrar e que "não adianta privatizar, porque privatizar ou conceder não significa ter um serviço de melhor qualidade". 

A ex-secretária de desestatização do Ministério da Economia no governo Bolsonaro pontuou que é preciso rever contratos estáveis que não entregam serviços de qualidade. "Muita coisa hoje na cidade é terceirizada, mas não significa que está funcionando. Meu principal trabalho será passar um pente-fino, dar transparência e colocar os incentivos melhores à população", avalia.

A candidata chegou a dar um exemplo de um contrato feito pela prefeitura de São Paulo que, na opinião dela, deveria ser revisto. "O que me preocupa é a privatização ser muito mal feita. Entramos com uma ação contra a renovação do contrato de poda de árvores após uma reportagem que diz que para retirar uma árvore, custa R$ 28 mil, enquanto em outras como em Belém, no Pará, custa R$ 2 mil", afirma. 

Marina Helena cita também contratos das Organizações Sociais de Saúde, as OSS, entidades que gerenciam unidades de saúde na cidade. "Normalmente remuneramos pelo custo. Imagine fazer uma reforma na sua casa e dizer: 'olha, gastem'. Vai sair uma fortuna, não pode ser assim, você tem que ter critérios do atendimento da população e colocar metas que signifiquem um melhor serviço público", indica. 

Perguntada sobre o modelo de educação que gostaria de implementar em São Paulo, Marina Helena falou de trazer competição entre as unidades educacionais da cidade. "Estabilidade atrapalha, então a ideia é trazer competição entre as escolas e direito de escolha aos pais, acho um absurdo que o CEP determina onde a criança vai estudar", avalia. 

A ideia, segundo a candidata, é ter pelo menos uma escola gerenciada por colégios particulares em cada bairro de São Paulo. "Não é preciso que todas se transformem nisso, se temos uma por bairro, traz inovações, uma competição e o ensino melhora. Mas é preciso ter meta, em São Paulo é o aprendizado dos alunos", diz. Quem não entregasse bons resultados, teria o contrato encerrado, na visão de Marina Helena. 

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