Ataques e acusações de corrupção dominam último debate antes da eleição

Participaram do debate os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D'Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB)

Da redação

Ataques e acusações de corrupção dominam último debate antes da eleição Agência Brasil
Ataques e acusações de corrupção dominam último debate antes da eleição
Agência Brasil

Os candidatos que disputam o Palácio do Planalto deixaram de lado as propostas no último debate antes da eleição deste domingo (2) e trocaram uma série de ataques e acusações em embate promovido pela TV Globo nesta quinta-feira (29). 

Logo no primeiro bloco, Lula e Bolsonaro protagonizaram discussões e trocaram ataques e acusações sobre corrupção. Sem um confronto direto, os candidatos se provocavam enquanto respondiam outras perguntas. Ambos também pediram pelo direito de resposta seguidas vezes.

Temas como mensalão, rachadinha, CPI da Covid, compra de imóveis com dinheiro vivo, Petrobras e até família dominaram as falas dos líderes das pesquisas de intenção de voto.

Em um dos embates, Lula citou o decreto de 100 anos posto por Bolsonaro em documentos e assuntos ligados à Presidência.

"Num debate entre pessoas que querem ser Presidente da República, o atual presidente tivesse um mínimo de honestidade. O mínimo de seriedade. Ele falar que eu montei quadrilha? Com a quadrilha da rachadinha dele que ele decretou sigilo de cem anos, com a rachadinha da família, sabe, do Ministério da Educação? Com barras de ouro? Ele falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele", disse Lula.

Bolsonaro rebateu chamando o ex-presidente de presidiário e traidor da Pátria, além de citar supostos casos de propinas.

“Mentiroso! Ex-presidiário. Traidor da Pátria. Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos! Roubando milhões de empresas! Após a tua chegada ao poder, que CPI é essa? Da farsa? Que você vem defender aqui? O que achou a meu respeito? Nada! Que dinheiro de propina? Não teve propina, propina teve o seu Carlos Gabas, do consórcio nordeste! Dos governadores amigos teus!”, disse Bolsonaro.

Outro embate que chamou a atenção foi entre Padre Kelmon (PTB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Com a candidata do União Brasil dizendo que Padre Kelmon seria um padre de festa junina e o chamando de cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O senhor está parecendo mais o seu candidato, que é nem-nem: Nem estuda e nem trabalha. O senhor não estudou. E dizer mais, não deu extrema-unção porque o senhor é um padre de festa junina”, disse Soraya.

Padre Kelmon (PTB) também foi o centro das atenções ao interromper por diversas vezes seus adversários e não respeitar o tempo das perguntas e tréplicas. Em determinado momento, ele chegou a discutir com Lula (PT), que reclamou do seu comportamento.

“Não dá para debater com uma pessoa que tem um comportamento de um fariseu e se veste de padre. Não dá. Ou você aprende a respeitar e fecha a boca quando alguém estiver falando”, disse Lula.