Adversários criticam Bolsonaro por viagem à Rússia em meio a tensão com Ucrânia

Ciro Gomes disse que viagem é turismo indecente; Sergio Moro chamou o atual presidente de trapalhão

Carolina Villela

O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou para a Rússia e foi criticado pelos adversários. Ele manteve a agenda internacional, apesar da posição contrária de parte dos assessores. 

Bolsonaro disse que só vai tratar de assuntos comerciais com Vladmir Putin, presidente da Rússia.

"Em grande parte o nosso agronegócio depende dos fertilizantes deles, temos assuntos para tratar sobre defesa, sobre energia”, afirmou.

Mas a justificativa não convenceu os adversários. No Twitter, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes disse que a viagem não passa de um indecente turismo com recursos públicos.

Sergio Moro (Podemos) chamou o presidente de trapalhão e disse que a viagem, meio a tensão entre Rússia e Ucrânia, é um constrangimento para a diplomacia brasileira.

No PSDB, aumenta a pressão sobre João Doria. O governador de São Paulo, que venceu, as prévias do partido para disputar o planalto, quer mais tempo para melhorar a posição nas pesquisas. O coro dos descontentes é puxado pelo governo gaúcho, Eduardo Leite, que foi derrotado por Doria.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Leite cobrou de Doria que mostre capacidade de passar dos atuais 2% de intenções de votos.

No PT, a confiança em uma chapa de Lula com Geraldo Alckmin é tão grande que um santinho com a dupla já circula em grupos de WhatsApp do partido. O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), aposta na aliança e na ida de Alckmin para o seu partido.

“Praticamente está certa a história de vice lá com o Lula e eu diria com relação ao partido é 99% de chance dele estar no PSB, é o desejo dele”, afirmou.