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Trump anuncia taxa de 10% aos produtos do Brasil; veja países listados para "tarifaço"

Tarifa aplicada aos produtos brasileiros é o valor básico proposto pelo americano; taxação a produtos de outros países chega a 49%

Da redação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) a aplicação de uma taxa de reciprocidade de 10% aos produtos do Brasil. O percentual representa a taxa básica proposta pelo presidente a todos produtos que são exportados a seu país.

Outros países também foram alvos da ação do estadunidense, como China, Japão, Coreia do Sul, Suíça, Taiwan, Malásia, Índia, Indonésia e Vietnã, além do Reino Unido. Ao todo, mais de 200 países foram tarifados. 

Veja alista com das tarifas recíprocas por país:



Trump afirmou que as taxas cobradas para parte destes países “não é uma recíproca completa”, sendo aproximadamente a metade do que eles têm cobrado dos EUA. “Eu poderia ter feito isso, sim [cobrar valores idênticos], mas teria sido difícil para muitos países. Nós não queríamos fazer isso”, disse Trump.

O presidente destacou que se os países tarifados quiserem a redução de seus percentuais, devem primeiro diminuir suas próprias tarifas. Em sua visão, essas tarifas protegem os EUA contra “aqueles que causariam danos econômicos” ao país.

“Muitas pessoas estavam querendo causar danos econômicos aos EUA. Talvez não tão obviamente, mas, eles estavam causando danos econômicos tremendos. Mas ainda mais importante, eles nos darão crescimento. Essas tarifas nos darão crescimento como vocês nunca viram antes”, afirmou.

México e Canadá

Durante o anúncio das tarifas recíprocas sobre importações aos Estados Unidos, o presidente norte-americano justificou a imposição de sobretaxas - em especial ao México e ao Canadá - afirmando que "não podemos pagar os déficits" de ambos os países.

Anteriormente, Trump já havia dito que as tarifas cobradas pelos vizinhos norte-americanos a produtos importados dos EUA ajudavam as nações a pagar suas dívidas internas. "Os países tiraram muita riqueza dos Estados Unidos", pontuou o republicano. "Hoje estamos priorizando os trabalhadores e colocando os EUA em primeiro lugar. Os outros países podem nos tratar mal. Vamos calcular o total (desse tratamento) nas tarifas", declarou.

O presidente dos EUA ainda criticou o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), afirmando que o país "perdeu muito dinheiro" com o acordo. Ele voltou a repetir o discurso de sua campanha eleitoral e afirmou que o Nafta foi um dos responsáveis pela perda de quase 4 milhões de empregos nos Estados Unidos.

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