O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), disse que há a tendência da aprovação de R$ 80 bilhões, por um ano, para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600. A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articula uma proposta de emenda à constituição (PEC) para cumprir a promessa de campanha do petista.

A declaração do parlamentar foi dada em entrevista ao BandNews TV na manhã desta quarta-feira (23). Ele aguarda o texto final do governo eleito para se reunir com o líder da oposição e tratar o assunto na Câmara Federal.

“Eu conversei com líderes dos partidos aqui. A disposição que temos é a de autorizarmos os R$ 80 bilhões extrateto que cobrirão os R$ 200 a mais do Auxílio Brasil e o aumento real do salário mínimo, propostas comuns entre os dois presidenciáveis. Depois, tem o aumento do servidor público, correção da tabela do Imposto de Renda, mais R$ 150 para crianças de até seis anos”, disse Barros.

Segundo ele, após a posse, Lula terá que formar uma base no Congresso para aprovar demais promessas, a exemplo dos R$ 150 a mais por crianças de até seis anos de famílias carentes. Para o líder, “neste momento, não é possível avançar”. Ele prevê muita dificuldade na oposição para chegar a um texto.

“Eu espero que os pragmáticos vençam o debate dentro da transição”, afirmou Barros. Ele acendeu alerta quanto à ausência de Lula em Brasília em decorrência da cirurgia na laringe a qual foi submetido. O líder acredita que, devido a isso, o texto atrase ainda mais.

“Eu acho que nós devemos dar, por um ano, os R$ 80 bilhões para os R$ 200 do Bolsa Família e aumento real do salário mínimo. É isso que eu vejo, que tem um ambiente para ser aprovado assim”, prosseguiu o político.