"Na minha opinião, os juros neutros estão mais perto de 2% do que de 3%. Mas quão rápido será a trajetória para este nível dependerá do desempenho econômico", ponderou o dirigente.
Assim, a taxa de juros europeia seguirá em queda gradual, afirmou Kazaks. "Claro que, se necessário, podemos tomar passos mais largos do que 0,25 pontos porcentuais. A abordagem atual, de decisões baseadas em dados e a cada reunião, é apropriada para isso", acrescentou.
O dirigente expressou confiança em alcançar a meta da inflação no médio prazo, mas reconheceu que o crescimento econômico está lento na Europa e deve seguir fraco em 2025, em um ambiente de enfraquecimento das exportações, problemas políticos domésticos, tensões geopolíticas globais e incertezas quanto as tarifas do governo Trump nos EUA. Para ele, é este cenário que permitirá novas reduções de juros pelo BCE.
"A economia da zona do euro tem o potencial de crescer mais rápido, e juros mais baixos encorajarão o investimento e o consumo", previu Kazaks.