Os brasileiros Paulo Coelho, Jorge Paulo Lemann e integrantes da família Safra estão entre os 300 mais ricos da Suíça em 2020, de acordo com um ranking anual realizado pela revista de negócios Bilan. Divulgado em novembro deste ano, o levantamento inclui suíços no exterior e estrangeiros radicados na Suíça.

Entre os nomes brasileiros, a família de Joseph Safra é a mais bem colocada, aparecendo em terceiro lugar no ranking. De acordo com a revista, a família tem uma fortuna estimada em 22 a 23 bilhões de francos suíços (cerca de R$ 130 a 135 bilhões). 

Fundador do Banco Safra, Joseph Safra foi um banqueiro libanês, naturalizado brasileiro. Ele morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos, de causas naturais. Após a morte do bilionário, desentendimentos sobre o testamento deixado por ele levaram seus herdeiros à Justiça.

Dono da Ambev, o empresário Jorge Paulo Lemann fica em quarto lugar na lista, em empate com a família Blocher, acionária do grupo suíço Ems-Chemie. Segundo a publicação, Lemann tem uma fortuna estimada em 15 a 16 bilhões de francos suíços (R$ 89 a 94 bilhões).

A Bilan destaca que, em meio à pandemia do coronavírus, Lemann perdeu cerca de 6 bilhões de francos suíços (aproximadamente R$ 35 bilhões).

“Mas, para Jorge Lemann, que mora com sua família nas margens do lago de Zurique, uma perda de seis bilhões [de francos suíços] não é preocupante. Investidor de longo prazo declarado, ele está acostumado a fortes flutuações em seus ativos”, diz a revista.

Mais abaixo na lista, o nome Safra volta a aparecer. Lily Safra, viúva de Edmond Safra --irmão de Joseph Safra-- aparece na 90ª posição, com uma fortuna estimada em 1 a 1,5 bilhão de francos suíços (R$ 5,9 a 8,8 bilhões). A bilionária e filantropa brasileira divide a 90ª colocação com pelo menos outros 50 nomes.

Já o escritor Paulo Coelho aparece no 182º lugar, com uma fortuna aproximada em 500 a 600 milhões de francos suíços (R$ 2,9 bilhões a 3,5 bilhões). Pelo menos outros 19 nomes aparecem empatados com o autor de “O Alquimista” na 182ª posição.

Em sua publicação, a Bilan destaca que recentemente Coelho adquiriu novas instalações, próximo à Igreja Russa de Genebra, por cerca de 10 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 58,9 milhões). 

De acordo com a revista, o escritor irá instalar no local uma fundação filantrópica, com documentos e objetos relacionados à sua carreira.

Veja quem são os dez primeiros colocados no ranking (com empates em algumas posições):

• 1º Família Hoffmann e Oeri – 29 a 30 bilhões de francos suíços (170 a 176 bilhões de reais)
  2º- Gérard Wertheimer – 25 a 26 bilhões de francos suíços (147 a 153 bilhões de reais)
  3º- Família Joseph Safra – 22 a 23 bilhões de francos suíços (130 a 135 bilhões de reais)
  4º- Família Blocher – 15 a 16 bilhões de francos suíços (89 a 94 bilhões de reais)
  4º- Jorge Lemann – 15 a 16 bilhões de francos suíços (89 a 94 bilhões de reais)
  6º- Andrey Melnichenko – 14 a 15 bilhões de francos suíços (82 a 88 bilhões de reais)
  6º- Alicher Ousmanov – 14 a 15 bilhões de francos suíços (82 a 88 bilhões de reais)
  6º- Famílias Bonnard e Schindler – 14 a 15 bilhões de francos suíços (82 a 88 bilhões de reais)
  6º- Guennadi Timtchenko – 14 a 15 bilhões de francos suíços (82 a 88 bilhões de reais)
  10º- Família Bertarelli – 13 a 14 bilhões de francos suíços (76 a 82 bilhões de reais)
  10º- Família Brenninkmeijer – 13 a 14 bilhões de francos suíços (76 a 82 bilhões de reais)
  10º- Família Charlene de Carvalho-Heineken – 13 a 14 bilhões de francos suíços (76 a 82 bilhões de reais)
  10º- Família Castel – 13 a 14 bilhões de francos suíços (76 a 82 bilhões de reais)