O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à residência oficial da presidência do Uruguai para se reunir com o presidente Luis Alberto Lacalle Pou. O petista cumpre agenda internacional na América do Sul, onde atua para fortalecer as relações entre os países, sobretudo os que compõem o Mercosul.
Nesse contexto, Lula quer tentar brecar um acordo de livre comércio entre o Uruguai e a China. Caso sejam oficializadas, as negociações colocarão em cheque a Tarifa Externa Comum do Mercosul.
O presidente uruguaio deve propor a Lula a possibilidade de mudanças no Mercosul, a fim de se flexibilizar o bloco comercial, o que beneficiaria o Uruguai no acordo com os chineses.
Depois do encontro com Lacalle Pou, na Residência de Suárez, Lula fará um discurso público com a companhia da prefeita de Montevidéu, Carolina Cosse. Por fim, reunir-se-á com o amigo de longa data, o ex-presidente Pepe Mujica.
Ministro de Lula defende Mercosul
Na última terça-feira (24), o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), defendeu a integração regional, do ponto de vista econômico, da América do Sul e o fortalecimento do Mercosul. Segundo ele, o acordo do Uruguai com a China surgiu quando o Brasil estava afastado das relações com os vizinhos, mas que, agora, o país dele liderar esse protagonismo do bloco.
“A partir do momento em que o Brasil retorna para a Celac, a partir do momento em que o Brasil retoma o tema do Mercosul e da Unasul com força, é evidente que, pela força econômica, política, geográfica e tudo aquilo que o Brasil representa, isso altera esse cenário”, disse o ministro.
“País amigo”
Pimenta reforçou que o Brasil quer dialogar com o Uruguai, classificado por ele como um “país amigo”. Para o petista, o Mercosul deve ser prioridade nas estratégias econômicas regionais.
“Nós esperamos que esse sinal e compromisso seja suficiente para que cada um dos países recoloque o tema do Mercosul como prioridade nas estratégias econômicas. Nós queremos dialogar com todos, particularmente com o Uruguai, um país tão próximo, tão amigo nosso, para que possamos pensar uma estratégia na região não como uma estratégia individual em cada país, mas como uma estratégia comum dentro do bloco”, respondeu Pimenta a jornalistas.