O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano frente ao trimestre anterior. É o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado.
Em valores correntes, a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,404 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1º).
Este resultado fez o PIB avançar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econômica do país está 3% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019, e atinge o segundo patamar mais alto da série, atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014.
Impacto dos serviços
O crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços, segundo explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Com o resultado, o subsetor outras atividades de serviços está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.
“Os serviços estão pesando 70% da economia. Então, têm um impacto maior nesse resultado. Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, disse Palis.
Indústria
Na indústria, a alta de 2,2% foi o segundo resultado positivo consecutivo do setor, após a queda de 0,9% no quatro trimestre do ano passado. Foi a taxa positiva mais alta desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando a área começava a se recuperar dos efeitos da pandemia e tinha uma base de comparação depreciada.
Esse crescimento se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.
Agropecuária
A agropecuária, que havia recuado 0,9% no último trimestre, variou 0,5% no segundo trimestre deste ano. O resultado está relacionado ao menor peso da safra da soja no período comparado ao trimestre anterior e ao ganho de peso da safra do café, cuja produção deve aumentar 8,6% na comparação com o colhido no ano passado.