O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (3).
No terceiro trimestre de 2024, pela ótica da produção, os Serviços (0,9%) e a Indústria (0,6%) cresceram, enquanto a Agropecuária (-0,9%) recuou.
Segundo o IGBE, o PIB totalizou R$ 3 trilhões no terceiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414,0 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No mesmo período, a taxa de investimento foi de 17,6% do PIB, acima dos 16,4% registrados no terceiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 14,9%, abaixo dos 15,4% do mesmo trimestre de 2023.
Em relação ao 3º trimestre de 2023, o PIB avançou 4,0%. Os Serviços (4,1%) e a Indústria (3,6%) cresceram no período, enquanto a Agropecuária (-0,8%) recuou.
Destaques do PIB 2024:
- Investimentos: 2,1%
- Consumo das famílias: 1,5%
- Importação: 1%
- Serviços: 0,9%
- Consumo do governo: 0,8%
- Indústrias: 0,6%
- Exportações: -0,6%
- Agropecuária: -0,9%
PIB sobe 4,0% na comparação anual
Em relação ao mesmo trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 4,0%. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 3,7%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios aumentaram 6,4%.
Detalhes por setor:
Agropecuária: Queda de 0,8%, impactada por menores estimativas de produção para itens como:
- Milho: -11,9%
- Laranja: -14,9%
- Cana: -1,2% Apesar disso, culturas como algodão (+14,5%) e trigo (+5,3%) ajudaram a mitigar o impacto.
Indústria: Crescimento de 3,6%, com destaque para:
- Construção: +5,7%
- Indústrias de transformação: +4,2%, puxadas pela fabricação de veículos automotores e produtos químicos.
- Eletricidade e gás: +3,7%, com aumento no consumo de energia.
Serviços: Alta de 4,1%, liderada por:
- Informação e comunicação: +7,8%
- Outras atividades de serviços: +6,4%
Ótica da despesa:
- Consumo das famílias: Crescimento expressivo de 5,5%, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho e programas governamentais.
- Consumo do governo: Alta de 1,3%.
- Investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo): Forte aumento de 10,8%, influenciado pela maior importação de bens de capital, produção interna e desenvolvimento de software.
Comércio exterior:
- Exportações: Crescimento de 2,1%, com destaque para alimentos e produtos químicos.
- Importações: Alta de 17,7%, especialmente em máquinas, equipamentos e veículos automotores.