Bolsa Família e BPC: veja as novas regras anunciadas pelo governo no pacote de corte de gastos

Para o BPC, de 2025 a 2030, a estimativa é que o governo poupará R$ 2 bilhões por ano com os ajustes; fiscalização do Bolsa Família deve gerar impacto econômico de R$ 2 bilhões em 2025 e de R$ 3 bilhões em 2026

Por Agência Estado

Fernando Haddad e demais ministros durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (28) sobre corte de gastos
Flickr/Ministério da Fazenda

O reforço na fiscalização do programa social Bolsa Família, previsto no pacote de contenção de gastos do governo federal, terá um impacto econômico de R$ 2 bilhões em 2025 e de R$ 3 bilhões em 2026. Entre 2027 e 2030, o impacto anual será de R$ 3 bilhões.

O pacote também traz ajustes nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). As medidas preveem focalizar em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho e a vedação de dedução de renda não prevista em lei.

Sobre o Bolsa Família, as medidas de fiscalização, anunciadas nesta quinta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluem restrição para municípios com porcentual de famílias unipessoais acima do disposto em regulamento; determinação de que a inscrição ou atualização de unipessoais deve ser feita obrigatoriamente em domicílio; atualização obrigatória para cadastros desatualizados há 24 meses; biometria obrigatória para inscrição e atualização cadastral; e disponibilização por concessionárias de serviços públicos de informações de seus bancos de dados para viabilizar cruzamento de dados.

Já nas regras do BPC, o governo definiu que passam a contar para acesso a renda de cônjuge e companheiro não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados (não apenas solteiros) coabitantes. Haverá atualização obrigatória para cadastros desatualizados há mais de 24 meses e para benefícios concedidos administrativamente sem Código Internacional de Doenças (CID).

A biometria será obrigatória para novos benefícios e atualizações cadastrais. Em uma mesma família, a renda de um benefício volta a contar para acesso a outro benefício. Para todos os anos com economia projetada, de 2025 a 2030, a estimativa é que o governo poupará R$ 2 bilhões por ano com os ajustes.

"O BPC tem como alvo pessoas com deficiência de baixa renda e idosos em situação de vulnerabilidade que não tiveram capacidade contributiva ao longo da vida laboral. Estamos aperfeiçoando os mecanismos de controle para endereçar os principais problema identificados", disse o governo.

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