Se a Black Friday virou tradição no calendário do comércio varejista de países ocidentais, na China não é diferente. Mas lá, tem outro nome, um tanto quanto peculiar: Dia dos Solteiros, comemorado nesta quinta-feira (11). Desde então, apps de compras, especialmente os chineses, fazem campanha de descontos do 11/11 no mundo todo.
Apesar de parecer nada comemorativo para quem procura um grande amor, o Dia dos Solteiros na China é marcado pela bonança de super descontos por 24 horas ofertados por uma infinidade de lojas de departamentos, restaurantes e demais estabelecimentos. É uma espécie de “Black Friday Chinesa”.
O Dia dos Solteiros na China surgiu em 1993 para celebrar a solteirice, em oposição ao Dia dos Namorados. Mas foi a partir de 2009 que a data passou a ser usada pelo comércio para dar grandes descontos aos consumidores para rivalizar com a Black Friday dos Estados Unidos, que ocorre em novembro.
O grupo de comércio eletrônico Alibaba foi quem iniciou a tradição, quando concedeu por 24 horas ofertas em sua plataforma. A iniciativa rapidamente se espalhou para outros segmentos, também atraindo empresas do Ocidente, como Nike e Adidas.
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O sucesso é tão estrondoso que o faturamento de US$ 74 bilhões (R$ 405 bilhões) no Dia dos Solteiros pela Alibaba, em 2020, foi quase cinco vezes maior do que a Black Friday da Amazon, nos Estados Unidos, com US$ 9 bilhões de dólares (R$ 49 bilhões), segundo pesquisa da Digital Commerce 360.
São em razão dos números que o Dia dos Namorados na China acabou se tornando a maior ‘Black Friday’ do planeta.
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Previsão de recordes para 2021
Para 2021, a previsão é de quebra de recordes. O Alibaba Group informou que somente em sua plataforma serão 290 mil marcas participantes e mais de 14 milhões de ofertas de desconto.
Concorrentes do Alibaba no segmento de e-commerce na China, o JD.com, Douyin e Kuaishou, também confirmaram que participarão do “11/11”.
Outra novidade é que em 2021, as plataformas de e-commerce iniciaram mais cedo com os descontos, algumas já nas primeiras horas desta quarta-feira (10).
Com mais produtos, categorias, descontos e adiantamento da data pelas plataformas, a equação das vendas não terá outro resultado que não seja a superação dos recordes de 2020. É o que espera Liu Dingding, especialista em comércio varejista chinês.
"Com a extensão dos tempos de compra, milhões de internautas não precisam ficar acordados até tarde para obter descontos especiais. Também dá tempo suficiente para os fornecedores garantirem uma entrega ordenada", analisou em entrevista ao jornal Global Times.