Você já se perguntou por que está tão caro ir ao mercado ou aos postos de gasolina? A inflação de 2021 segue em alta no mesmo ritmo em que os brasileiros se interessam pelo assunto, já que todos estão sentindo no bolso os efeitos dela. Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços.
Quem faz esse cálculo, aqui no Brasil, é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial da inflação adotado pelo Governo.
O IBGE também adota o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que segue a mesma lógica do IPCA, mas as pesquisas são feitas com famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos. Neste caso, o impacto da variação de preços é maior àqueles que têm renda menor. O outro indicador atinge famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos.
Esses cálculos permitem que o governo crie políticas econômicas, a partir do estabelecimento das metas da inflação, que são importantes para calcular o salário mínimo do ano seguinte.
As taxas de juros são o principal instrumento de política monetária do Banco Central para controlar a inflação --a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia. Ela influencia todas as taxas de juros do país, de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Sendo assim, quando há o aumento da Selic, o mercado tende a investir menos, o que reduz a demanda de consumo. Assim, a inflação tende a cair.
Como o brasileiro perde poder de compra?
O propósito do IPCA é medir a variação de preços de produtos e serviços, como arroz, feijão, aluguel, luz, gás, lazer… Encontrando essas variáveis, conseguimos entender qual é o peso da inflação na renda das famílias.
Por exemplo: se o reajuste anual do nosso salário for menor que a inflação, a gente perde poder de compra, pois os preços das coisas aumentaram mais que o nosso salário.
Convivemos com isso em 2021, pois o reajuste do salário mínimo não repôs a inflação de 2020. A remuneração atual é de R$ 1,1, mas era para ser pelo menos R$ 1.101,95. Na época, a equipe econômica do governo disse que compensaria os quase R$ 2 na proposta salarial de 2022.
Vale lembrar que a alta do dólar, relacionada à alta dos combustíveis, influencia no aumento de preços de vários setores econômicos, inclusive o de alimentos. Muito do que a gente come é transportado por caminhões. Os caminhoneiros já estão pagando um diesel caro por conta dos reajustes da Petrobras. Esses preços, no final, são repassados para as famílias quando fazem as compras no supermercado.