Os números da economia brasileira vem surpreendendo para melhor. De acordo com o índice de atividade econômica do Banco Central, o crescimento foi de 1,17% em julho na comparação com junho, mais que o dobro do esperado de acordo com a média das projeções do mercado financeiro.
O índice é uma espécie de prévia do PIB. É um levantamento bem mais simples, mas serve como um termômetro da nossa economia.
O ritmo de recuperação tem sido mais forte, puxado principalmente pelo setor de serviços, que é o mais importante da nossa economia. O setor está muito ligado a atividades presenciais, turismo, bares, restaurantes, entretenimento, que sofreu muito com a pandemia e está no processo de recuperação, gerando muito emprego com carteira assinada e informal também.
A produção da indústria também vem se recuperando com uma certa normalização na entrega de matérias primas da China depois de longos atrasos que afetaram principalmente a indústria automotiva.
Já o comercio tem colecionado queda de vendas. Diferente do setor de serviços, o comercio reflete mais as dificuldades provocadas pela inflação, principalmente de alimentos, porque pessoas de rendas mais altas consomem mais serviços e rendas menores tem consumo mais concentrado em produtos.
A tendência daqui pra frente é que a inflação vá perdendo folego, o que deve ajudar a aliviar o bolso e aumentar o consumo mais de itens básicos do comercio. Itens mais caros, que dependem de credito, como eletrodomésticos esses devem continuar sofrendo com juros altos e aumento do endividamento das famílias.
Além da inflação menor, os estímulos do governo como aumento do Auxilio Brasil e vales caminhoneiro e taxista devem sustentar o crescimento nos próximos meses, embora em ritmo mais modesto.