Lula deve propor linha de crédito para a Argentina em reunião com Fernández

Crise econômica marcada pela falta de dólares prejudica exportações na Argentina, o 3º maior parceiro comercial do Brasil

Da redação

Lula deve propor linha de crédito para a Argentina em reunião com Fernández
Lula recebe Alberto Fernández em Brasília
Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Brasil pode oferecer uma linha de crédito para a Argentina, que vive uma crise econômica devido à ausência do dólar, o que atinge a capacidade de exportação do país vizinho. Nesta terça-feira (2), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Alberto Fernández se encontram em Brasília.

Ainda não há detalhes de como será a proposta, mas a Band Brasília apurou que a ajuda brasileira pode ocorrer com o auxílio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A agenda de Lula e Fernández está marcada para 17h, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Na última quinta-feira (2), os presidentes marcaram o encontro por telefone. 

Com uma alta dívida pública, o governo argentino não tem conseguido dólares no mercado de câmbio para cumprir com as obrigações com os exportadores. Atualmente, o Brasil é o principal parceiro econômico da Argentina.

Como os argentinos compram produtos industrializados dos Brasil, sem dólares disponíveis, há dificuldades para as operações.

Amizade de Lula e Fernández

Logo que Lula teve a vitória nas urnas confirmadas, Fernández foi a São Paulo para um encontro com o petista. A relação de ambos é de longa data, de amizade, tanto que o líder argentino, antes de chegar à Casa Rosada, chegou a visitar o brasileiro quando estava preso, em Curitiba, devido à Operação Lava Jato.

A Argentina também foi o primeiro destino internacional de Lula após posse como presidente. Entre as pautas, os governos discutiram a possibilidade de uma moeda em comum entre transações comerciais nos dois países.

No último dia 21 de abril, Fernández anunciou a desistência de concorrer à reeleição, no ano que vem. Agora, há a indefinição sobre o caminho político de Cristina Kirchner, atual vice-presidente e que poderia tentar voltar à Casa Rosada.