economia

Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Americanas

Foi determinado que sejam suspensas quaisquer ordens de penhora da Americanas

Da redação

O juiz Paulo Assed Estefan, do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas. Segundo decisão do magistrado, a empresa atende a todos os requisitos para o processo de recuperação judicial. Em termos práticos, isso significa que a companhia continua de portas abertas e segue com os negócios, incluindo negociação com fornecedores e com instituições financeiras.

Estefan determinou que sejam suspensas quaisquer ordens de arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição sobre os bens, oriundas de demandas judiciais ou extrajudiciais da Americanas. 

Em sua decisão, o juiz disse: “Trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado que a situação de crise das requerentes vem provocando e, por todo o aspecto social envolvido, dado o vultoso número de credores, de empregados diretos e indiretos dependentes da atividade empresarial ora tutelada, bem como o relevante volume de riqueza e tributos gerados”.

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19). As dívidas somam R$ 43 bilhões e envolvem credores financeiros, trabalhistas e fornecedores. O pedido ocorreu após o banco BTG Pactual entrar na Justiça, pela terceira vez, para que se fosse resgatado o dinheiro para quitar os débitos. Além do BTG, os principais credores são Bradesco, Safra e Banco do Brasil, entre outros.