Inflação tem alta de 0,41% em novembro, impactada por combustíveis e alimentação

Apesar da alta de 0,41% em novembro, inflação desacelerou em comparação a outubro e ao mesmo período em 2021

Por Édrian Santos

Inflação tem alta em novembro, mas desacelera em comparação a outubro Tânia Rêgo/Agência Brasil
Inflação tem alta em novembro, mas desacelera em comparação a outubro
Tânia Rêgo/Agência Brasil

A inflação teve alta de 0,41% em novembro, 0,18 ponto percentual (p.p) abaixo do resultado de outubro (0,59%), de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a inflação acumula alta de 5,13%. A meta para 2022, segundo o Banco Central (BC) é de 3,5%. Nos últimos 12 meses, o IPCA foi de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro do ano passado, a taxa havia sido de 0,95%.

Transportes e alimentação

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. O maior impacto é no setor de transportes (0,83%), seguido da alimentação e bebidas (0,53%). As variações foram de 0,17 p.p e 0,12 p.p, respectivamente. Ambos contribuíram com 71% da alta dos preços em novembro.

A alta dos transportes (0,83%) deve-se, principalmente, ao aumento dos combustíveis (3,29%) ante o recuo de 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro.

O grupo alimentação e bebidas teve alta de 0,53%, puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente). Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).

Vestuário teve maior variação

A maior variação foi no vestuário (1,1%), acima do 1% pelo quarto mês consecutivo. Próximo da estabilidade, o grupo saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%), enquanto habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%).

Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em artigos de residência e a alta de 0,21% em despesas pessoais.

Maior alta em Brasília

Todas as regiões pesquisadas tiveram variação positiva em novembro. O maior índice de inflação foi registrado em Brasília (1,03%), principalmente devido à alta da energia elétrica (19,85%). Já a menor variação foi em Vitória (0,09%), especialmente por conta da queda de 22,25% nos preços das passagens aéreas.