A inflação de março subiu 0,71% e ficou 0,13 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (0,84%). No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 2,09%. Nos últimos 12 meses, o acumulado é 4,65%, abaixo dos 5,6% nos 12 meses anteriores. No mesmo período de 2022, a variação foi de 1,62%.
O acumulado de 4,65% é o menor valor para 12 meses desde janeiro de 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (11).
O grupo dos artigos de residência (-0,27%) impactaram negativamente nos preços devido à queda em itens relacionados à TV, som e informática (-1,77%). Os eletrodomésticos e equipamentos (-0,23%) também caíram, após alta de 0,45% em fevereiro.
O resultado para o grupo de alimentação e bebidas (0,05%) foi influenciado pela queda da alimentação no domicílio, de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março. Além das carnes, a batata-inglesa (-12,80%), o óleo de soja (-4,01%), cebola (-7,23%) e tomate (-4,02%) foram os itens da cesta básica com os preços reduzidos. No lado das altas, destacam-se a cenoura (28,58%) e o ovo de galinha (7,64%).
O maior impacto e variação foram registrados no setor de transportes, com alta de 2,11%. A gasolina (8,33%) e o etanol (3,2%) foram os subitens que mais crescera no grupo.
Depois dos transportes, os gastos com saúde e cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%) apresentaram as maiores altas, apesar da desaceleração em comparação com o mês anterior. Os demais grupos ficaram entre o 0,05%, de alimentação, e bebidas e o 0,50%, de comunicação.
Todas as regiões pesquisadas tiveram alta em março. A maior variação foi em Porto Alegre (1,25%), em função das altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Já a menor variação foi registrada em Fortaleza (0,35%), influenciada pelas quedas de 17,94% do tomate e de 2,91% do frango inteiro.