Ibovespa opera em queda firme com correção de excessos e alta de juros pelo Copom

Por Estadão Conteúdo

Segundo Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, a queda da bolsa hoje reflete basicamente dois fatores. Um deles é uma correção a uma alta forte e prematura ontem, quando o mercado reagiu à notícia de um segundo procedimento cirúrgico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antevendo mudanças na política, caso o presidente tivesse de se afastar do cargo por tempo prolongado.

O outro fator, afirma, é a aceleração do ritmo de alta da taxa Selic promovido ontem pelo Copom, elevando a taxa Selic em 1 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. "É por isso que vemos quedas mais fortes nos segmentos de varejo e imobiliário, mais sensíveis à alta de juros, que afeta os financiamentos e o consumo das famílias", afirma.

Para Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, o Banco Central mostrou que não vai ser leniente com a inflação, o que é positivo e deve favorecer também o ingresso de recursos ao País. "Mas na economia real isso é muito ruim. As empresas já tiveram um 2024 desafiador, inclusive com casos de recuperação judicial no setor do agronegócios. O aperto monetário maior mostra que 2025 será ainda mais desafiador para as empresas", disse.

Às 11h44, o Ibovespa tinha 127.105 pontos, em queda de 1,92%.

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