Com a agenda política e econômica mais escassa, o investidor segue mostrando cautela com o quadro fiscal doméstico, com as atenções voltadas ao Congresso, que tem mais uma semana até o recesso, prazo considerado apertado no mercado para aprovar as medidas de ajuste fiscal do governo. Com a queda do minério de ferro, os papéis da Vale recuam, contaminando as ações do setor de siderurgia. E Petrobras sobe, em linha com o petróleo no exterior.
"Foram muitas referências para o mercado observar nesta semana de decisão do Copom e internação do presidente Lula. O que preocupa agora são as resistências do Congresso a um pacote que desde o início já foi visto como frágil", afirma Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.
Para a próxima semana, o economista destaca como pontos de atenção, além dos movimentos do Congresso, a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre os juros nos Estados Unidos, para a qual se espera corte das taxas. Ainda no Brasil, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) será outra agenda importante, na qual o mercado buscará elementos para antever a evolução da política fiscal e monetária.
Às 11h30, o Ibovespa tinha baixa de 0,15%, aos 125.864,52 pontos. Vale ON recuava 0,78%, enquanto Petrobrás ON e PN subiam 0,29% e 0,18%, respectivamente.