IBGE: desemprego no Brasil é maior entre mulheres e pessoas pretas e pardas

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral

da Redação

IBGE: desemprego no Brasil é maior entre mulheres e pessoas pretas e pardas
IBGE divulgou dados da PNAD Contínua
Agência Brasil

O desemprego atinge mais mulheres que homens e mais pessoas pretas e pardas que pessoas brancas no Brasil. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o relatório, a taxa de desocupação por sexo foi de 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e pardos (9,1%).

Por estado, as maiores taxas de desemprego foram de Bahia (14%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%). As menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,9%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

Números gerais do desemprego no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil cresceu em oito das 27 unidades da federação no primeiro semestre de 2024. Segundo a PNAD Contínua, em comparação com o quarto trimestre de 2023, registraram aumento na desocupação os estados do Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.  

Apenas o Amapá registrou queda no índice de desemprego. Nas demais 18 unidades federativas, a taxa ficou estável.  

Em números gerais, a desocupação no país subiu para 7,9% no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 0,5% na comparação com o quarto trimestre de 2023, quando era de 7,4%.  

Já na comparação anual, no confronto entre o 1º trimestre de 2023 e o 1º trimestre de 2024 (8,8%), houve queda de 0,9%.

“Isso mostra que na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observadas em outros trimestres, se manteve”, analisa a coordenadora de pesquisas por amostras de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

“O crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 na comparação trimestral não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual”, complementa a pesquisadora.

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