"Primeiro, você tem uma dimensão fiscal que está sendo trabalhada. Segundo, você tem o saneamento de programas sociais. O saneamento está sendo feito. Então não é só o juro que vai resolver o problema. Nós temos que atuar do lado fiscal e do lado monetário para ancorar isso e não precisar chegar em um patamar de juros que vai acabar prejudicando mais do que ajudando", afirmou Haddad.
Ele ponderou que para o controle da inflação o que vai melhorar é, também, a continuidade dos investimentos por parte dos empresários, para evitar problemas de oferta. "É o que eu sempre falo, é o fiscal e o monetário andando juntos. Quando eu tento convencer os meus pares de que é preciso atuar no fiscal para o monetário ajudar, é disso que eu estou falando. Não adianta só trabalhar em cima de juros. Nós temos que trabalhar também esse lado das medidas que foram mandadas e que podem ser aperfeiçoadas ou complementadas ao longo dos meses", disse.
Ele também voltou a falar que as medidas enviadas ao Congresso para a contenção de despesas podem ser ampliadas ou aperfeiçoadas ao longo dos meses, e que o governo está dando tempo para analistas fazerem as contas sobre as propostas. Ele voltou a criticar a forma como as medidas foram vazadas, especialmente a questão da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Questionado sobre a compensação da desoneração da folha de pagamento e sua efetividade, Haddad disse que o governo fará um balanço na próxima semana para definir quais são os próximos passos.