Gás encanado fica até 28% mais caro em SP; GNV também tem alta

Valor do gás encanado em residências, comércios e indústrias, além da GNV nos postos, terão reajustes a partir de desta sexta (10)

Vanessa Selicani, do Metro Jornal

GNV teve reajuste no estado de SP Reprodução TV
GNV teve reajuste no estado de SP
Reprodução TV

Consumidores de gás encanado em residências, comércios e indústrias - e ainda os de GNV nos postos - terão reajustes “salgados” a partir de desta sexta-feira (10) que alcançam até 28,5%. Os aumentos na conta foram autorizados pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) e valem para clientes da Comgás, que atua na Grande São Paulo, e também da GasBrasiliano, empresa da região norte do estado. 

A agência informa em comunicado que, no caso da Comgás, o reajuste é causado pela alta no custo da matéria-prima vendida pela Petrobras. As elevações variam de 15,3% para uso residencial a até 22,2% no caso do GNV vendido nos postos para atender aos veículos que usam gás como combustível. 

A tarifa residencial de quem consome até cinco metros cúbicos por mês vai passar de R$ 38,81 para R$ 44,83, reajuste de 15,5%.

A Comgás também indicou os preços da Petrobras como responsáveis pela alta. A estatal é a fornecedora do insumo para as distribuidoras. 

“Cabe ressaltar que o custo do gás natural para as concessionárias de distribuição, como a Comgás, sofre alterações devido as variações do preço internacional do petróleo, as oscilações da taxa de câmbio e eventuais mudanças no custo cobrado pelos operadores dos gasodutos de transporte”, esclarece a empresa em nota. 

A Petrobras utiliza os preços internacionais do barril de petróleo para atualizar as tarifas que cobra do mercado interno brasileiro. As sucessivas altas também para gasolina e diesel têm sido alvo de críticas do governo federal e do Congresso.

Já para a GasBrasiliano, a alta corresponde ao reajuste anual previsto em contrato. Os variações ficam entre 9,2%, no caso do GVN para os postos, e 28,5%, que será o caso da tarifa comercial. Os consumidores residenciais de até seis metros cúbicos atendidos pela distribuidora terão tarifa de R$ 52,78 após reajuste de 24,7%.