O mercado financeiro tem enfrentado momentos complicados nessa semana com a disparada do preço do dólar e a queda do petróleo. Logo depois o dólar voltou a cair e o petróleo subiu.
Mas o que está acontecendo? Cresce o risco recessão nas economias desenvolvidas na Europa e Estados Unidos porque a inflação está muito alta e tem ficado persistente, mesmo com alta de juros.
Por isso, talvez a dose do remédio tenha que ser maior. E subindo os juros com mais força, as economias podem entrar em recessão.
O mais provável ainda não é a recessão, é reduzir o ritmo de crescimento sem causar recessão. Foi o que prometeu nessa semana o Banco Central dos Estados Unidos, que colocou panos quentes no nervosismo do mercado financeiro mundial.
Os Estados Unidos cresceram 5,7% no ano passado e devem crescer 2,5% neste ano e 1,6% em 2023, segundo projeções da Tendências Consultoria.
Os números mostram uma desaceleração importante que deve levar o preço do petróleo, por exemplo, para a casa dos US$ 90 no final deste ano.
Mas o dólar segue pressionado e por isso a gente não sente alívio de combustíveis. Uma coisa compensa a outra.
Só deve ter algum alívio no dólar quando houver uma sinalização clara de que o Banco Central dos EUA está conseguindo cumprir a promessa de reduzir a inflação sem gerar recessão mais para o fim do ano. Ou seja, os próximos meses ainda prometem muita volatilidade e para completar, no Brasil, o aumento de gastos públicos tem gerado nervosismo e colocado lenha no dólar.