Em Davos, Haddad se diz preocupado com “oposição extremista” após 8 de janeiro

Segundo Fernando Haddad, a extrema-direita governou durante quatro anos com liberdade para aprovar pautas no Congresso

Da redação

Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, levou a Davos a mensagem de que as instituições brasileiras seguem plenas contra golpistas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Participante do Fórum Econômico Mundial, o petista vê como preocupante uma “oposição extremista” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo Haddad, em participação nesta terça-feira (17), no fórum de Davos, a extrema-direita se organizou e governou o Brasil por quatro anos, de forma livre para aprovar pautas no Congresso Nacional.

“Eu vejo essa questão com preocupação em virtude de que não é confortável você ter uma oposição extremista. Não é confortável. Tudo o que precisamos é ter partidos comprometidos com a democracia e se alternando no poder. Infelizmente, não é disso que se trata no Brasil”, argumentou Haddad ao ser questionado sobre os ataques de 8 de janeiro.

O ministro ainda reforçou o compromisso das instituições, a exemplo dos comandos dos poderes constituintes e do apoio dos 27 governadores à democracia, tão logo a tentativa golpista foi controlada.

“Eu acho que a resposta do dia 8 de janeiro foi uma resposta, institucionalmente, muito importante. 27 governadores, todos os governadores eleitos, os três poderes da República, Executivo, Legislativo e Judiciário, juntos, tomando as medidas cabíveis para pôr ordem na bagunça que foi armada para o dia 8”, ponderou o ministro da Fazenda.

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