Apesar da aprovação da reforma tributária no Congresso, o dólar fechou o pregão desta quarta-feira (18) batendo novamente o maior valor nominal da história. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 6,267, uma alta diária de 2,82%.
A desvalorização do Real reflete a desconfiança do mercado financeiro com a eficácia do pacote de corte de gastos proposto pelo governo. A medida, que prevê uma economia de até R$ 70 bilhões nos cofres públicos, deve ser votada nesta quarta na Câmara e, caso avance, vai para o Senado na quinta.
O avanço diário ocorreu apesar de notícias que deveriam reduzir a cotação do dólar. Além do avanço da reforma tributária, o Federal Reserve, Banco Central dos EUA, anunciou um corte da taxa básica de juros para a faixa de 4,25% e 4,50%.
Movimentos de cortes de juros costumar fazer fundos internacionais migrarem para países com taxas mais altas. A Selic está no momento em 12,25%.
Vale ressaltar que o Banco Central não realizou leilões de moedas estrangeiras, medida usada para contar a alta do câmbio, nesta quarta. A entidade já vendeu US$ 12,7 nos últimos dias, na tentativa de conter a disparada do dólar.