A economia brasileira registrou deflação em julho. A deflação acontece quando tem mais queda de preços do que alta.
Só que a deflação não é generalizada, ela está concentrada em dois itens: energia elétrica e combustíveis. Isso porque o Congresso aprovou recentemente redução de impostos estaduais e federais desses itens considerados essenciais.
Sem a redução de impostos, principalmente ICMS, a inflação teria sido menor entre junho e julho, mas não teria havido deflação. Ou seja: existe um início de alivio da inflação por outros motivos: o petróleo por exemplo tem caído, assim como outros preços internacionais como minério de ferro, soja, milho, porque o mundo vai crescer menos e os preços já refletem isso.
A Petrobras anunciou queda de gasolina e diesel, itens industriais estão mais baratos. Agora, os preços dos alimentos continuam acelerando. O leite subiu mais de 25% em um único mês, o queijo também foi destaque no levantamento do IBGE.
Não é uma deflação generalizada. Longe disso, mas a tendência é que a inflação vá diminuindo aos poucos e saindo dos atuais 10% acumulados em 12 meses para cerca de 7% no fim desse ano e caminhando para 5,3% no ano que vem.
Parte dessa inflação menor este ano volta no ano que vem porque a redução de impostos federais é temporária. Por isso, os juros terão que ficar altos por mais tempo. Como me disse um economista, não existe almoço grátis.