Davos: Haddad associa crescimento ao equilíbrio das contas e reforma tributária

Participante do Fórum Econômico Mundial de Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez críticas a ações “eleitoreiras” feitas por Bolsonaro

Da redação

Fernando Haddad defende reforma tributária para crescimento do Brasil
Reprodução/Fórum Econômico de Davos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reforçou a agenda econômica do governo voltada ao aspecto social, às demandas ambientais, ao crédito e à integração regional na América do Sul. Além disso, destacou o compromisso da gestão com o pressuposto das contas equilibradas, o que faria o Brasil crescer acima da média mundial.

“Se nós tivermos a agenda correta, com o pressuposto de contas equilibradas, você pode ter certeza que o Brasil vai voltar a crescer acima da média mundial, como aconteceu nos oito anos do governo do presidente Lula, crescimento sempre acima da média mundial. O mundo cresceu 2,5%. O Brasil cresceu 4,1% nos oito anos do governo Lula”, disse o ministro.

A declaração de Haddad foi dada durante atividade no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, nesta terça-feira (17). Para o ministro, o Brasil conseguirá equilibrar as contas a partir do ano que vem, caso medidas necessárias sejam adotadas, a exemplo da aprovação da reforma tributária que tramita no Congresso Nacional.

“Isso [zerar o déficit] vai ser tão mais fácil se nós aprovarmos a reforma tributária que tramita no Congresso Nacional com o apoio do governo Lula. Aí nós vamos conseguir equilibrar as contas a partir do ano que vem. Isso tem que vir acompanhado de uma série de medidas no plano regulatório, crédito, da reindustrialização voltada para a transição ecológica [...], com a integração regional, que o presidente Lula quer estimular a partir deste mês com uma visita à Argentina, mas pensando em toda a América do Sul”, continuou Haddad.

Críticas ao governo Bolsonaro

O ministro também usou o tempo de fala para criticar as políticas econômicas adotadas no governo anterior, a exemplo da renúncia fiscal de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para ele, tal medida associada a gastos apontados como eleitoreiros, às vésperas das eleições, fez o Brasil perder receitas. A meta atual é chegar ao patamar pré-pandemia, 18,7% no plano federal, segundo o ministro.

“Nós estamos herdamos um problema que foi causado não pela pandemia. Nós estamos herdando um problema que foi causado pela eminente derrota do governo anterior diante das eleições. Ou seja, o governo anterior, diante do prognóstico desfavorável, tomou uma série de medidas de dispêndio, muitos socialmente justos, mas absolutamente eleitoreiros pela forma e pelo momento que foram adotados”, disparou Haddad.

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