Crescimento da zona do euro está perdendo força, diz presidente do BCE

Por Estadão Conteúdo

Lagarde disse que a inflação doméstica está alta e que o cenário é reflexo da pressão salarial e de serviços. "Esperamos que a inflação flutue perto do nível atual no curto prazo", explicou ao citar que, dentre os riscos para a inflação, está a baixa confiança, as tensões geopolíticas e o baixo investimento.

E informou: "Ainda não vencemos a luta contra a inflação, mas ela está no caminho para alcançar a meta de 2% no médio prazo."

Segundo a dirigente, as exportações da zona do euro devem apoiar a recuperação econômica, caso as tensões comercial aumentem.

Em relação aos cortes de juros futuros pelo BC europeu, ela reafirmou que não há uma trajetória predeterminada e que as decisões dependerão de dados.

Para a decisão deste mês, houve uma discussão de corte para 50 pb, mas todos os dirigentes concordaram em 25 PB.

Lagarde disse que a taxa neutra provavelmente está mais elevada do que antes.

Barreiras comerciais

A presidente do Banco Central Europeu afirmou também que barreiras comerciais não são propícias para o crescimento da zona do euro. Segundo a dirigente, o protecionismo é inflacionário no curto prazo.

Ao ser questionada sobre as tarifas que podem ser impostas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Europa, Lagarde disse que elas não foram consideradas e incorporadas nas projeções do BCE.

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