A essa altura de 2023, não é novidade que o ChatGPT e ferramentas similares representam uma verdadeira revolução para a humanidade. Divulgada ao grande público em novembro do ano passado, o que a plataforma da empresa Open AI consegue entregar causa fascínio - e não é por menos.
Através de modelos amplos de linguagem - os LLMS - a ferramenta simula o comportamento humano com uma semelhança que pode ser até assustadora. Mas se o medo de substituir o toque humano pode existir, na realidade, ele não se verifica. E isso vale também para os profissionais de programação e desenvolvimento de sistemas.
O uso tecnológico de linguagens e máquinas não irá sobrepujar o lado humano por trás de tais evoluções, aponta Alessandro Buonopane, CEO Brasil da GFT Technologies.
“O que veremos, cada vez mais, é a maximização das potências”, completa Buonopane, que comanda a atuação no país da multinacional líder em transformação digital. E por quê?
Por duas razões:
- O ChatGPT e similares não têm a abordagem ampla que certas tarefas, como desenvolver um sistema, pedem;
- Ainda que simule a forma humana, a gigantesca quantidade de informações que alimenta o ChatGPT resulta em informações erradas, que dependem da revisão final de uma pessoa para serem corrigidas.
Como a IA, então, ajuda a criar códigos?
O ChatGPT e modelos similares são muito mais ajudantes dos humanos na construção de sistemas do que protagonistas:
- Dá para automatizar expressões regulares, que não precisam mais ser digitadas linha por linha.
- Além disso, com o banco de dados gigantesco que alimentam essas ferramentas, o desenvolvimento do código também fica mais rápido.
E o que deve guiar o desenvolvimento das IAs?
Para chegar a ainda melhores modelos de linguagem, que consigam ajudar os humanos no desenvolvimento de códigos para alcançar mais agilidade e produtividade, são necessárias três premissas:
- Sistemas seguros e relevantes;
- Custos reduzidos, pois é caro treinar a inteligência artificial hoje;
- Privacidade de dados.
Assim o capital humano fica para aquilo que realmente importa, com a facilitação de tarefas mais repetitivas com a rapidez da IA. O futuro deve trazer códigos melhores, produzidos com menos tempo, mas sempre sob o comando de pessoas.