Com dólar em queda, é hora de viajar? Professor de economia responde

Professor Leonardo Trevisan conversou com o Band.com.br sobre as mudanças na moeda americana

Por Andrey Mattos

O dólar fechou em forte queda na semana passada. Em alguns dias a moeda americana chegou a finalizar o dia em R$ 4,80. O câmbio acompanhou o movimento visto no exterior, onde a moeda americana se desvalorizou ante divisas fortes e contra pares do real. 

A perspectiva de um ciclo de aperto monetário se aproximando nos EUA tende a favorecer a desvalorização do dólar globalmente, como já vem ocorrendo nas últimas semanas. Para os brasileiros que pretendem viajar para o exterior, ou querem fazer investimentos lá fora, surge logo a pergunta: É hora de comprar? Ou a tendência é que a queda se acentue?

O professor da ESPM, Leonardo Trevisan, explica que se seus planos forem a curto prazo, talvez seja o momento de aproveitar. Caso seja um investimento a longo prazo, seria mais indicado esperar mais um pouco.

Dólar vem fechando em baixa (Foto: Agência Brasil)

“A próxima reunião do FED é em 29 de julho. Só no mês que vem, né? Então, mais ou menos neste momento, até meados de julho, é bastante provável que o dólar mantenha uma tendência de queda. Então, para quem vai viajar em julho é o momento ideal para comprar. Alguns analistas sinalizam que se o FED mostrar a mesma tendência de manter estável a taxa de juro, o dólar deve cair para R$ 4,70 e R$ 4,65. Agora, se você está com intenção de viajar lá pra frente, dá para esperar um pouquinho”, afirmou.

O FED é o Banco Central norte-americano e regula as taxas de juros. Segundo Trevisan, o que ocorre nos Estados Unidos é um movimento que deixa a economia mais vulnerável. “O que está acontecendo nos Estados Unidos que explica isso é esse movimento mais forte, na direção dos juros pararem de subir e a economia americana estar mais vulnerável”, explica. 

“Veja bem não é aqueles caíram, eles só pararam de subir. E quando você tem juro alto nos Estados Unidos, o mundo inteiro põe o olho nisso, bota o seu dinheirinho lá nos Estados Unidos, em dólar, porque rende mais”, diz.

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