Brasil tem 3ª deflação mensal consecutiva com IPCA negativo de 0,29% em setembro

Deflação em setembro foi puxada pelo recuo no preço dos combustíveis, apontam dados do IBGE

Da redação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%. Na prática, isso significa deflação pelo terceiro mês seguido, a menor variação para o mês desde o início da série histórica.

No ano, a inflação acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de recuar menos do que no mês anterior (-3,37%), o grupo dos transportes (-1,98%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual (p.p.). Na sequência, vieram comunicação (-2,08%) e alimentação e bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 p.p.

No lado das altas, destacam-se os grupos vestuário (1,77%), com a maior variação positiva do mês, e despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de educação e o 0,60% de habitação.

Fortaleza tem menor variação

Regionalmente, apenas uma das 16 áreas teve variação positiva em setembro. A alta em Vitória (0,17%) foi puxada pelas variações da taxa de água e esgoto (13,01%) e da energia elétrica residencial (4,95%). O menor resultado ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (-0,65%), principalmente por conta da queda de 11,05% nos preços da gasolina.

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