economia

'Brasil precisa voltar a crescer e ser competitivo', diz Simone Tebet

Em discurso no Lide Brazil Conference, Tebet defendeu que o país precisa se reconectar com outros países e destacou que tirar o Brasil do mapa da fome é 'prioridade'

Da Redação

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, discursou na manhã deste sábado (4) no Lide Brazil Conference e reforçou as prioridades do governo federal de tirar o país do mapa da fome, democracia, responsabilidade fiscal, atrair investimentos e, também, afirmou que o Brasil precisa voltar a crescer. 

“O Brasil precisa voltar a crescer e ser competitivo”, disse Simone Tebet, mas afirmou que o país não fará isso sozinho. “Precisamos nos reconectar com o mundo, precisamos de Portugal, precisamos da Europa como precisamos da América Latina. estou falando especialmente não só do Mercosul, mas também da relação do Mercosul com a comunidade europeia”. 

“Temos uma missão pela frente, no meu caso no Ministério do Planejamento, a determinação do presidente da República é que possamos acabar com a miséria e diminuir a pobreza, tirar o Brasil do mapa da fome para que o país volte a crescer, gerar emprego e renda para a população”, afirmou Tebet. 

“O planejamento será prioridade nacional para estabelecer metas e prioridades para hoje e para o futuro. Precisamos gastar bem o pouco recurso que temos, o cobertor público é curto, não temos condições de atender todas as demandas, mas administrar também é escolher prioridade”, acrescentou. 

Economia e responsabilidade fiscal

“Nós integramos a política econômica junto com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, nós temos grandes missões na área econômica: aprovar a reforma tributária, apresentar uma nova âncora fiscal para o Brasil controlar os gastos e zerar o déficit fiscal, que hoje está em 2% do Produto Interno Bruto”, disse Simone Tebet. 

“Dentro desses dois escopos como linhas principais e apresentar ao país o plano plurianual, aquele que irá conduzir os destinos do Brasil através da economia para os próximos quatro anos”, acrescentou. 

A ministra também reforça que deseja colocar os pobres, crianças, jovens e idosos no orçamento. “Pior do que não gastar é gastar mal. Por isso, nós temos uma secretaria especializada para avaliar e monitorar políticas públicas, não só quando o gasto já foi feito, mas que com a responsabilidade fiscal fazer aquilo que todos nós queremos, fazer o social”.

Democracia

A ministra do planejamento separou parte do tempo de discurso para falar sobre o momento atual da democracia brasileira

“Poucas vezes tivemos a grata e a alegria satisfação de ver as imagens de 1º de janeiro deste ano. Diante disso, infelizmente uma semana depois veio à barbárie de 8 de janeiro um grupo muito pequeno de vândalos, de pessoas que flertam com o autoritarismo tentaram um golpe no governo do Brasil”, afirmou. 

“As imagens rodaram o mundo e não precisamos falar muito delas, mas a grande realidade é que se invadiu as sedes dos poderes. Imagens, obras de artes foram destruídas, inclusive um relógio que Dom João VI trouxe de Portugal para o Brasil, documentos históricos que pertencem ao patrimônio nacional histórico foram depredados”, relembrou. 

Simone Tebet pontua que a democracia não é feita apenas de tijolos e cimentos, “a democracia na essência é feita de alma”. “A alma do Brasil é democrática, a alma do povo brasiileiro é democrática. A mensagem que quero levar para Portugal e para o mundo é que a democracia venceu e com mais essa vitória ela se fortaleceu ainda mais”.