O Brasil perdeu R$ 410 bilhões com pirataria e contrabando em 2022, segundo dados apurados pelo Instituto Ipec. No próximo dia 3 de dezembro é comemorado o Dia Nacional contra a Pirataria.
O valor corresponde à soma das perdas registradas por 14 setores industriais, como vestuário, combustíveis e bebidas, e a estimativa dos impostos sonegados.
Ainda segundo o Ipec, o setor de vestuário foi o mais impactado, com perdas de R$ 84 bilhões – um aumento de 40% em relação a 2021. Outros segmentos que aparecem no topo da lista são bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões), cosméticos e higiene pessoal (R$ 21 bilhões), defensivos agrícolas (R$ 20,8 bilhões), TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões) e cigarros (R$ 10,5 bilhões).
Na avaliação do presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona, a alta carga tributária brasileira que incide sobre o consumo é determinante para a escolha do consumidor.
"Se o produto legal fica mais caro por causa do aumento de impostos, isso vai favorecer a ilegalidade, que não paga imposto e tem benefícios com qualquer aumento de carga tributária. É uma relação direta, imediata e um alerta absolutamente necessário", disse.