O ranking é liderado pelos Estados Unidos, na ponta há três anos, seguido de Cingapura e Finlândia. São avaliadas 133 economias com 54 indicadores de uso e acesso a tecnologias da informação e comunicação (TICs).
O Brasil, apesar da manutenção da posição do ano passado, veio galgando posições desde 2019, quando estava no 59º lugar. O País tem o terceiro melhor resultado das Américas, atrás também do Canadá, que está em 11º no ranking.
A análise dos indicadores avaliados mostra que o Brasil se destaca em escala de mercado doméstico (8º) e E-participação (11º), além de serviços online do governo (14º). Mas ainda tem deficiências em promoção de tecnologias emergentes pelo governo (82º) e em habilidades em TIC no sistema educacional (106º).
Outros gaps do País estão em qualidade regulatória (84º) e acesso à infraestrutura digital (57º). O Brasil é um dos piores do ranking em termos de população atendida por rede de telefonia móvel com tecnologia no mínimo 3G (102º), mas tem resultados promissores na área de inclusão digital (21º).
O professor Soumitra Dutta, cofundador e presidente do Portulans Institute, coeditor do NRI e reitor da Saïd Business School, destacou a importância de parcerias entre a sociedade, setor produtivo e governo para criar estruturas de governança que permitam o avanço da tecnologia.
Nesse sentido, o presidente da CNI, Ricardo Alban, reconheceu que o Brasil, apesar de precisar avançar em vários indicadores, já está com projetos em andamento que refletirão na performance nos próximos anos. "O programa Brasil Mais Produtivo, implementado por vários parceiros, incluindo o governo brasileiro e o Senai, é um exemplo de parceria público-privada. O programa avalia a prontidão digital das empresas e oferece apoio financeiro para a adoção e o desenvolvimento de tecnologias digitais", avaliou.