Influenciado pela queda na agropecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, teve queda de 0,1% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE. Com isso, o Brasil entra na chamada “recessão técnica”.
Essa denominação é usada quando há registro de dois ou mais trimestres seguidos de resultados negativos no PIB.
No segundo trimestre deste ano, o PIB caiu 0,4%, após o IBGE ter divulgado a revisão do dado nesta quinta-feira (2).
A queda de 8% na Agropecuária, junto com o recuo de 9,8% nas exportações de bens e serviços, impactaram negativamente o índice. Por outro lado, houve alta de 1,1% nos Serviços, que respondem por mais de 70% do PIB nacional. Já a indústria ficou estável.
O PIB do terceiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,2 trilhões. Em relação a igual mesmo período no ano passado, o PIB cresceu 4% e a alta acumulada no ano é de 5,7% e de 3,9% nos últimos 12 meses.
A colunista de economia da BandNews FM Juliana Rosa afirmou que analistas do mercado financeiro continuam apostando em uma alta no 4º trimestre, tirando assim o país da recessão. A colunista disse que a recessão técnica é fruto de um conjunto de fatores que influenciaram negativamente o terceiro trimestre do ano, mas ressalta que é possível uma melhora no cenário ainda em 2021.
Segundo ela, problemas em diversos setores contribuíram para o resultado ruim: a seca e as geadas, que fizeram o PIB do agronegócio recuar; a escassez hídrica, o aumento da conta luz e a queda na confiança do empresariado, que prejudicaram o desempenho da indústria; e as crises políticas.
No entanto, Juliana Rosa ressaltou que o Brasil pode registrar um leve crescimento no último trimestre, deixando a recessão técnica antes do início de 2022.