O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a entender que não fará reajustes aos servidores federais neste ano, em entrevista dada nesta terça-feira (07) ao SBT. A promessa é ventilada pelo governo federal desde o começo do ano, sobretudo para os profissionais da segurança, uma das principais bases de eleitores do gestor.
“Eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano, mas já está na legislação nossa, mandada para o parlamento, LOA, etc., que, para o ano que vem, teremos reajustes e reestruturações”, pontuou Bolsonaro.
O presidente argumentou que os 5% de reajuste linear acarretariam em R$ 7 bilhões de despesas. Esse valor, somado aos quase R$ 9 bilhões bloqueados pelo governo para respeitar o teto de gastos, poderiam causar problemas a investimentos feitos pela União.
“Se você der esses R$ 7 bilhões, agora, que chega a 5% de reajuste, você vai para R$ 16 bilhões dentro do teto. Você vai pegar o Ministério da Infraestrutura, por exemplo, e vai demitir, daqui a 20 dias, 20 mil pessoas, e as obras vão parar”, continuou o presidente.
Por outro lado, Bolsonaro destacou que, ano que vem, já discussões para fazer reajustes aos servidores e reestruturação de carreiras. Atualmente, o Planalto, segundo o presidente, trabalha com cortes a serem feitos nos ministérios, o que dará respiro no que diz respeito ao teto de gastos.
“Eu vou ter que cortar do Ministério do Transporte, da Defesa, da Saúde, da Educação, Ciência e Tecnologia. Vou ter que cortar de tudo quanto é ministério R$ 9 bilhões”, pontuou Bolsonaro.