O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75%, apesar da pressão feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e setores da economia por uma redução. Em nota, o Banco Central justificou a decisão e abriu espaço para uma futura queda na taxa básica de juros.
“O ambiente externo se mantém adverso, ainda que com revisões positivas para o crescimento do ano. Apesar da atenuação do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situação segue demandando monitoramento”, diz a nota.
A previsão do Comitê é de que há uma redução no “horizonte relevante, que inclui o ano de 2024”. “As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência* situam-se em 5,0% em 2023 e 3,4% em 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de 9,0% em 2023 e 4,6% em 2024", diz a nota.
Apesar da melhora do cenário econômico brasileiro, o Banco Central preferiu manter a taxa no mesmo valor, mas já se prepara e sinaliza um corte de juros no início do segundo semestre. A ideia é o BC ajustar a taxa em 12,25% no fim de 2023 e 9,5% para 2024.
Há dois dias, o presidente Lula criticou a taxa de juros e cobrou uma mudança na Selic. Ele voltou a afirmar que não faz sentido os números que são praticados pelo Banco Central, e que a entidade precisa explicar para a população o porquê desses valores.
A Selic está em 13,75% há nove meses - maior percentual desde 2016. O Banco Central (BC), responsável por definir a taxa, diz que os juros altos são necessários para controlar a inflação no país.