O volume de vendas do comércio varejista voltou a crescer no mês de julho, na comparação com junho. O aumento foi de 0,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (12). Com a recuperação, o patamar do varejo ficou 0,3% abaixo do recorde de maio.

Ainda segundo o estudo, de janeiro a julho deste ano, o varejo acumula alta de 5,1%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,7% Na comparação com julho de 2023, as vendas no varejo também apresentaram alta. O índice cresceu 4,4%. Segundo a pesquisa, foi o 14° mês consecutivo de resultado positivo.

O estudo também destaca o crescimento de 2,1% do setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, após resultados difíceis em 2023. 

As outras áreas que tiveram alta comparadas com o mês de junho foram Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação, Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos. Apenas dois grupos de atividades tiveram queda: Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria e também Combustíveis e Lubrificantes.

Em julho, a Petrobras anunciou o primeiro reajuste nos preços deste ano. Com isso, o valor da gasolina teve um aumento de R$ 0,20 por litro, fator que, segundo a colunista de Economia da BandNews FM, Juliana Rosa, pode ter influenciado na queda das atividades desse setor. 

O motorista de aplicativo Maycon Azevedo conta que precisou buscar alternativas para economizar combustível após a alta dos preços, como trabalhar a noite. A colunista de Economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que apesar da perspectiva favorável, o crescimento da taxa de comércio varejista deve ser mais moderado nos próximos meses. 

A Pesquisa Mensal do Comércio começou a ser calculada em 1995. Ela traz resultados da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista normal e ampliado para o Brasil e os estados do país.