Puxado por duas das cinco atividades pesquisadas, o volume de serviços no Brasil recua 0,9% em novembro, um mês após ter atingido o maior volume da série histórica. Segundo as informações do IBGE, divulgadas nesta quarta-feira (15), transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%) foram responsáveis pela queda, após terem acumulado ganhos nos dois meses anteriores.
Dezoito das 27 Unidades da Federação acompanharam a retração no mês.
Apesar disso, de outubro para novembro, três setores registraram alta: Informação e comunicação (1%), Outros serviços (1,8%) e Serviços prestados às famílias (1,7%), que inclui, por exemplo, academias e restaurantes.
A dona de um restaurante no Rio de Janeiro, Leonita Brito, ressalta que o aumento do movimento foi importante, frente ao preço dos produtos usados.
Realmente a gente vem percebendo uma melhora no movimento desde novembro do ano passado e isso está sendo fundamental, porque nossos insumos também aumentaram. Então a gente precisa ganhar no volume para poder manter o negócio.
O cenário também é positivo em uma análise mais longa. Em relação a novembro de 2023, o volume de serviços cresceu 2,9%, oitavo resultado positivo consecutivo. A alta foi registrada por quatro das cinco atividades. A única influência negativa veio de outros serviços (-1%), por causa redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos.
O acumulado do ano, comparado a 2023, também cresceu, 3,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades e em 61,4% dos 166 tipos de serviços abrangidos pela pesquisa. O impacto foi causado, principalmente, pelos setores de Informação e comunicação e de Serviços profissionais, administrativos e complementares.