Vanessa Alves Ferreira , viúva do cantor Claudinho, que fazia dupla com Buchecha, entrou com uma ação na Justiça do Rio contra o Cemitério Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio, após identificar que os restos mortais do artista não estavam no jazigo perpétuo da família que foi concedido pela gravadora Universal Music.
O pedido de indenização é de R$ 1 milhão por danos morais e R$ 127 mil por danos materiais.
Vanessa conhecimento do episódio por uma fã do cantor, que tentou visitar o jazigo e não encontrou os restos mortais e sim de uma outra pessoa. A viúva procurou a administração do cemitério que teria dito que o contato foi feito através de um telegrama. No entanto, a defesa de Vanessa afirma que o documento jamais foi recebido.
Os familiares descobriram que a exumação foi feita em agosto de 2021. Os restos mortais foram transferidos para um nicho compartilhado com nomes de outras sete pessoas.
A defesa de Vanessa alega que o episódio levanta questionamentos sobre a comunicação do cemitério e que a ausência de provas de tentativa de contato agrava a negligência e falta de respeito com a memória do artista. A advogada da viúva também afirma que a situação constitui uma violação grave.
O processo tramita na 1ª Vara Cível da Ilha do Governador, que concedeu o benefício de assistência judiciária gratuita a Vanessa Alves Ferreira. Segundo a viúva, o processo de inventário de bens deixados por Claudinho ainda não foi finalizado.
A juíza responsável pelo caso também não designou audiência de conciliação ou mediação por considerar que é uma pauta que precisa de celeridade processual.
A dupla Claudinho e Buchecha chegou ao fim no dia 13 de julho de 2002, quando Cláudio Rodrigues de Mattos morreu em um acidente de carro na Rodovia Presidente Dutra. O motorista perdeu o controle do carro, que se chocou contra uma árvore.
Procurado, o cemitério ainda não se posicionou.