Viúva de Anderson, motorista morto no caso Marielle é a 4° testemunha a depor em júri popular

Agatha foi a quarta pessoa a ser ouvida pelo tribunal. No depoimento, ela classificou Anderson Gomes como insubstituível

Por Guilherme Faria

Viúva de Anderson, motorista morto no caso Marielle é a 4° testemunha a depor em júri popular
Agatha foi a quarta pessoa a ser ouvida pelo tribunal
Reprodução/TJRJ

A viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis, se emociona ao falar sobre momentos do companheiro com o filho do casal, Arthur. Ela prestou depoimento na sessão do júri popular dos réus pelos assassinatos de Marielle Franco e de Anderson, motorista da vereadora.

Agatha foi a quarta pessoa a ser ouvida pelo tribunal. No depoimento, ela classificou Anderson Gomes como insubstituível.

Monica Benício, viúva de Marielle Franco, também prestou depoimento nesta quarta-feira (30). Ela se emocionou ao lembrar do companheirismo da política.

A assessora de Marielle Franco que sobreviveu ao ataque que matou a vereadora disse que não há como voltar à normalidade. Fernanda Chaves foi a primeira das nove testemunhas a ser ouvida. O julgamento teve início na manhã desta quarta-feira (30) e deve durar pelo menos dois dias.

Fernanda Chaves ressaltou ainda como a vida mudou desde o crime, que aconteceu há seis anos.

Marinete Silva, mãe de Marielle, foi a segunda a prestar depoimento e afirmou que cada dia sem a filha é como se passassem uma faca no coração dela.

Sete jurados foram sorteados para o julgamento, todos homens.

Os réus são os ex-policiais militares Ronnie Lessa, acusado de ter atirado nas vítimas, e Élcio de Queiroz, acusado de ter dirigido o carro no momento do assassinato.

Ainda durante a manhã, os parentes fizeram um ato pedindo justiça. A filha de Marielle, Luyara, disse que a força da mãe e o apoio que tem recebido dão coragem para enfrentar o processo.

A irmã de Marielle, Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, ressaltou que esse é apenas um passo das investigações.

O planejamento do crime é julgado em uma ação no Supremo Tribunal Federal. Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão são acusados de serem os mandantes. O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa é acusado de obstruir as investigações. Outras duas pessoas são rés por envolvimento no planejamento do crime.

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