Violoncelista é detido injustamente pela segunda vez

Luiz Carlos da Costa foi parado em uma blitz e sua ficha não havia sido atualizada na Polícia

Agatha Meireles

Dois erros levaram o violoncelista Luiz Carlos Justino, hoje, ter medo de sair nas ruas. Mesmo inocentado pela Justiça há mais de um ano por um crime que não cometeu, o músico foi levado para a delegacia após ser abordado em uma blitz porque no nome dele constava um mandado de prisão em aberto no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça.

O músico estava voltando do futebol com amigos em Niterói, na Região Metropolitana, quando foi parado. Luiz Carlos Justino admitiu ter medo de sair de casa depois de tantos traumas.

Um amigo de Luiz, que teve a identidade preservada, relatou como a prisão injusta e repentina afetou o amigo.

Luiz Carlos Justino foi preso em setembro de 2020 em uma blitz no Centro de Niterói após ser acusado de um assalto à mão armada em 2017. Segundo a Polícia, havia um mandado de prisão em aberto contra o músico, que ficou cinco dias detido.

Na época, parentes e pessoas que trabalhavam com o violoncelista contestaram a prisão, afirmando que ele tinha um contrato fixo com uma padaria, onde tocava violoncelo.

As apresentações aconteciam sempre aos domingos, dia em que aconteceu o crime do qual ele era acusado.

A padaria ficava a sete quilômetros de distância do local onde o músico estava se apresentando. Após a prisão, Luiz foi solto e respondeu ao processo em liberdade, sendo absolvido e considerado inocente em junho de 2021. 

Após o novo constrangimento, o mandado de 2017 foi retirado nesta terça-feira (23), do sistema do Conselho Nacional de Justiça.

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