Velórios póstumos são oferecidos para famílias que perderam parentes na pandemia

O Cemitério da Penitência no Caju criou o projeto "Despedida póstuma Covid-19", a iniciativa é realizada com a presença das cinzas ou de objetos pessoais de quem morreu e foi enterrado no período em que os funerais passaram por maiores restrições

Por Gustavo Sleman

O Cemitério da Penitência, no Caju, na Região Portuário do Rio, cria um projeto que oferece velórios póstumos para famílias que enterraram parentes durante a pandemia da Covid-19.

Batizada de "Despedida póstuma Covid-19", a iniciativa é realizada com a presença das cinzas ou de objetos pessoais de quem morreu e foi enterrado no período em que os funerais passaram por maiores restrições.

Uma estrutura ao ar livre foi montada no início da crise sanitária para as cerimônias. Cerca de 3 mil velórios associados à doença foram registrados no local até março de 2022, quando as autoridades anunciaram a retomada dos funerais.

Para a CEO do Cemitério da Penitência, Karla Monielly Belchior, o projeto pode proporcionar uma despedida digna.

Uma das primeiras interessadas no projeto foi a professora Vilma Madalena de Assis, de 67 anos. Em junho de 2020, ela perdeu a mãe, Maria Madalena Cardoso, aos 81 anos, vítima de um AVC seguido de complicações da Covid.

Segundo a professora, a iniciativa foi uma forma de, ao lado dos filhos, poder fazer uma despedida simbólica.

A ação abrange pessoas que tiveram familiares e amigos sepultados na primeira fase da pandemia, completando os três anos regulamentares para a exumação.

A cerimônia é celebrada por um representante religioso que, antes do rito, define com os familiares as preferências para o velório.

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