
O velório da escritora e crítica literária Heloisa Teixeira vai ser realizado neste sábado (29), na Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio.
A acadêmica morreu na manhã desta sexta-feira em razão de uma insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia. Ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.
Heloisa Teixeira era integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2023, quando ocupou a cadeira da escritora Nélida Piñon. Ela foi a décima mulher a ocupar um lugar na ABL.
A pensadora e feminista era natural de Ribeirão Preto mas morava no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, a ABL lamentou profundamente a morte da escritora.
Nascida em Ribeirão Preto (SP), destacou-se por sua atuação de vanguarda nas áreas de relações de gênero e étnico-raciais, culturas marginalizadas e cultura digital.
Autora de obras como "26 poetas hoje" (1976) - antologia que revelou a geração da poesia marginal - e "Explosão feminista" (2018), Heloisa foi também professora emérita da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde coordenou o Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), espaço central para o pensamento crítico nas últimas décadas.
Nos últimos anos, passou a adotar o sobrenome materno, assinando como Heloisa Teixeira no lugar de Heloisa Buarque de Hollanda, que era do primeiro marido, advogado e galerista Luiz Buarque de Hollanda, em um gesto simbólico de reafirmação de sua identidade e trajetória pessoal
"O feminismo não é um lugar de chegada, mas um movimento constante. Uma forma de viver e olhar o mundo com olhos atentos e mãos estendidas. " - Heloisa Teixeira